domingo, 9 de maio de 2010

LÍNGUA ESCRITA

Raquel Aparecida de Araujo

O aprendizado da Língua Escrita requer:
• Não só escrever, mas sim apreensão de um código formal (o alfabeto, as convenções ortográficas, os procedimentos de organização de uma página, etc.)
• A apropriação de uma multiplicidade de regras sociais envolve o uso da linguagem (variação lingüística) língua é social, é interação.

Teoria que sustenta essa prática:
• Estudo classificatório normativista, precritivista;
• Língua como um código;
• Gramática de formas (a letra, a silaba, a palavra, período, frase, oração);
• Aula de língua portuguesa, aula de gramática, normativa, ou nomenclatura gramática;
• Padrão lingüístico homogêneo;

Como romper com a tradição de análise?
• Privilegiar o uso da língua na sua diversidade de formas e funções;
• A língua é um sistema que nasce, vive e se modifica na interação, e que se estrutura na interação;
• Interlocução – a ação lingüística entre sujeitos;
• A língua também se compõe de um sistema discursivo, que inclui regras vinculadas às relações entre as formas lingüísticas e o contexto em que são usadas;
• Um sistema que existe para a interação evolui, se modifica pela ação dos falantes nos processos de interlocução;
• Um sistema que existe na interação, é por sua natureza, sensível ao contexto, prevê a inter-relação de suas formas e significativas com as interações de uso e com o trabalho lingüístico dos interlocutores no processo de produção e compreensão dos textos.

Texto escrito na escola é:
Avaliar um texto escrito também, é interação, é ato de leitura que busca construir sentido.
Avaliar um texto significa:
• Ler esse texto com todas as implicações de um ato de leitura;
• Exige uma postura de diálogo frente ao texto do aluno;
• Não adotar uma atitude complacente.

Práticas pedagógicas atuais:
• Buscar uma adequação teórica e metodológica que incorpora essa complexidade do mundo da escrita;
• Trabalhar com o texto do aluno;
• Formar leitores críticos;
• Estudar a gramática voltada para o texto (contextualizar);
• Fazer com que os alunos produzam textos variados (gêneros textuais);
A tradição de ensino sempre privilegiou o estudo da forma em detrimento da função ou conteúdo.


É preciso que o professor-leitor se indague:
• Em corrigir e avaliar textos dos alunos com coerência;
• Em destacar pontos em cada erro;
• Se perguntar por que avaliar e para que?

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